sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nos Braços de Oxalá!


 Imagem Google Oxalá 

                                                                                                                      Por: Rosangela Nascimento

Ela que é sempre cautelosa, charmosa e vaidosa, quando se encontra com o filho de Oxalá, é pura sedução, educação e trato sem limites. É tanto amor que deixa o céu iluminado de tanta luz que reproduzem as estrelas de felicidade. Ele que é puro fruto da tentação, ação e movimentos rápidos, deixando a dengosa filha da Oxum imobilizada de tanto desejo, é tudo muito lindo e dinâmico, assim como a vida de seus Orixás, seus guias é pura magia.
Pensar de forma dinâmica e harmônica é unir a doçura da Oxum e a inteligência de Oxaguiã, ele que tudo ver, e ela que tudo quer transformar, assim como as águas dos rios. São dois mundos diferentes, como dois ocidentes, mas na vida, o que é de ser, será. Acontece de repente, de repente mesmo, basta um olhar, que foge do lugar!
Oxalá um dia esses dois se encontrar, reunindo toda beleza que neste mundo existe, ela distante chora e ele a cantar suas tristezas esperando seu amor voltar, a cantiga triste faz o moço se aperrear, mas as dúvidas tomam conta da cabeça a perguntar. Onde ela está? Como está? Além, da distância quais barreiras há?
Com toda sabedoria, o filho de Oxalá tranquiliza-se, pois sabe que seu amor irá voltar com toda luz e grandeza que persisti. A vida se encarrega de unir e reunir o que é sublime, e não tem nada mais sublime que o amor, o tempo conserta e o que é essencial volta a fica em sua perfeita ordem. A filha da Oxum toda sábia, e herdou o dom de amar e infinitamente, tem a paciência como característica forte, assim contornando os obstáculos existentes nesta jornada. Eles mantém contatos e fazem juras de amor, queira os astros ou os Deuses esse ato aprovar, ou, se concretizar. Assim como águas dos rios, os dois correm sem parar, no desejo de se encontrar, com muita determinação encanto e beleza.
Imagem Google Oxum

Abençoados por seus Orixás, vivem a sonhar e replanejar o que a vida traz de bom ou ruim, a disponibilidade existente, é sintetizada em um único verbo “AMAR”.
E eles amam, e como amam, mas também se desentende, basta uma fagulha para cada um virar o rosto e não se falarem. Como todo ser humano, seus sentimentos puros e verdadeiros afloram, e os maus sentimentos são convertidos em aprendizados, assim percebem que o tempo é muito valioso para ser desperdiçado. Encontram-se por meio de sonhos, toda cordialidade existente é realizada, que ao acordarem sentem falta do corpo aquecido. E basta um imaginar o bem estar do outro, que são unidos novamente pelo destino.
Entre o ayê e o orum, a familiaridade é sempre presente, saudades deixam de existir, pois estão interligados pelos laços invisíveis que compõe o mundo espiritual. E o verbo amar, começa a ser conjugado no gerúndio e assim seguem amando, resignificando cada gesto desagradável. O transporte que os conduzem tem como combustível a felicidade, e esse eles não deixam faltar. E seus Orixás vibram pela oportunidade deste amor apadrinhar. É sabido que existe entre o céu e a terra muitos mistérios guardados por Oxalá.

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